Demissão de técnico da Seleção Brasileira de Karatê gera controvérsias

Genival Ferreira da Silva alega falta de consideração; presidente da CBK não vê anormalidade

Genival comandou a Seleção por quase 4 anos (Crédito: Dayane Marques)

Responsável por vários títulos expressivos para o Brasil, o agora ex-técnico da Seleção Brasileira de Karatê, Genival Ferreira da Silva, foi demitido na última semana, mas sua saída se deu de forma controversa.

Em entrevista ao LANCENET!, Genival disse que ficou surpreso ao saber de forma indireta que não comandaria mais a equipe principal do País.

- Eu não sei o que aconteceu, simplesmente entro na internet e vejo em um site que os treinos da Seleção Brasileira permanente de Kata estava acontecendo na Bahia. Um treino que não era do meu conhecimento. Liguei para a confederação e o diretor técnico, Vladimir Romic, me informou que não contaria comigo para 2010 - desabafou.

A demissão de Genival aconteceu apenas uma semana após a Assembléia Geral, que contou com os presidentes de todas as federações estaduais, ocorrida no último dia 30 em Fortaleza/CE.

Há quatro anos a frente da equipe adulta brasileira de Kata, Genival fez com que o Brasil fosse reconhecido no cenário internacional. Entre os títulos e resultados mais expressivos estão o tetracampeonato pan-americano da seleção feminina adulta, dois quinto lugares no Mundial com a seleção adulta masculina e o bicampeonato pan-americano junior feminino.

Com a saída de Genival do comando, a modalidade Kata será comandada por Sílvio Lopes (da Bahia) e Simone Yonamine (de São Paulo). Celso Rodrigues está como supervisor técnico.

Presidente da CBK encara com naturalidade o caso

Atendendo ao contato da equipe do LANCENET!, o presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), Edgard Ferraz, afirmou que a exoneração de Genival "foi uma decisão da Diretoria Técnica da CBK" e que o mesmo é passível de acontecer em qualquer esporte.

- Não vejo nada de anormal nisso - defendeu-se Ferraz. - Pelas experiências passadas, sabemos de uma coisa: toda vez que nomeamos um técnico ele fica feliz e quando exoneramos fica triste, porém as mudanças são necessárias quando os resultados não são satisfatórios - explicou.

fonte:LANCENET!